Comissão cobra CDHU sobre impactos das obras no Conjunto Mário Covas

Comissão cobra CDHU sobre impactos das obras no Conjunto Mário Covas

Foto: Rodrigo Palassi

A Comissão Especial de Vereadores (CEV) que acompanha os impactos das obras realizadas pelas empresas TMK Engenharia e CDHU no Conjunto de Mário Covas se reuniu hoje (15) com representantes das comunidades do entorno e do Poder Executivo. O encontro foi conduzido pelo presidente da CEV, o vereador Topete, e contou com a participação do parlamentar Afonsinho (PSDB). No encontro, ficou decidido que o horário das obras será de 8 às 17 horas e que a circulação de máquinas e caminhões na região será restrita a algumas ruas.

Valdivino Ludovico de Souza, presidente do Conselho da Associação de Moradores do Conjunto Mário Covas, apresentou uma série de fotos e documentos que comprovam abalos estruturais nos imóveis, construídos pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do estado (CDHU). Entre as avarias, estão exposição de ferragens, garagens afundando, batentes soltos, pisos “estourados”, rachaduras nas paredes, e colunas de sustentação deterioradas. Outros proprietários demonstraram grande preocupação em relação às frequentes trepidações nos edifícios quando trafegam algum caminhão ou máquina no local. Os moradores acreditam que existe risco de uma tragédia se nada for feito para minimizar os efeitos das obras nas proximidades e a falta de reformas nas moradias.

Souza disse que quando entrou em contato com a ouvidoria da companhia estadual, a mesma responsabilizou a Prefeitura e a empresa responsável pela execução de obras de terraplanagem e infraestrutura no local. O morador afirmou que nunca houve uma reforma estrutural nos apartamentos, apenas um serviço paliativo de pintura.

Lindomar da Silva Nascimento, diretor de Obras Públicas da Secretaria Municipal de Obras (Semob), garantiu que a Prefeitura nunca foi omissa e que desde 2014 vem notificando a CDHU a resolver os problemas verificados nos prédios. Ele explicou que boa parte das avarias nas moradias é resultante de vícios da construção por parte da empresa responsável, sendo que alguns proprietários ingressaram na justiça para conseguir a recuperação de seus imóveis. O gestor disse que não tem como fiscalizar obras que são de competência exclusiva do governo estadual.

Ao final da reunião, Topete disse que cobrará da CDHU um laudo que assegure aos moradores do Conjunto Mário Covas que não existe nenhum comprometimento estrutural nos apartamentos. O parlamentar quer esse estudo técnico antes da instalação do canteiro de obras, de modo que seja demonstrado que não existe risco às famílias da área. A CDHU será reconvocada para prestar esclarecimentos na próxima reunião da comissão.