Comissão de vereadores aponta problemas na drenagem pluvial do município e obras da Sabesp

Comissão de vereadores aponta problemas na drenagem pluvial do município e obras da Sabesp

Autor: Danilo Bonifácio/CMC

Presidida pelo vereador Guilherme do Salão (PSB), a Comissão Especial de Vereadores (CEV) instaurada para tratar dos alagamentos e enchentes na cidade se reuniu, ontem (03/09), para abordar problemas ocasionados por obras da Sabesp e necessidades de melhorias na drenagem pluvial do município. Também compareceram ao encontro o vereador Marcinho (PSB) e os secretários Marcos Quarterolli, de Obras e Desenvolvimento Urbano, e Elmo Ferreira, de Manutenção Urbana e Serviços Públicos.    

Guilherme iniciou a reunião comentando sobre as obras executadas pela Sabesp no bairro Ilha Caraguatá. Ele mencionou que é necessário urbanizar e pavimentar o entorno do Piscinão e suas válvulas, áreas em que a Sabesp atuou, e locais como a Rua José Cascardi para evitar o acúmulo de mato e depredação. "Eu sei que o Legislativo não executa, porém ele propõe e sugere através das comissões. E uma dessas ideias, discutindo com os vereadores, era essa [de pavimentar o local]", afirmou ele.  

Marcos Quarterolli concordou com o presidente da CEV e pontuou que não se trata de uma área para concentrar pessoas, mas sim de uma continuação da rua. Segundo ele, o solo afunda com facilidade, então o acesso aos caminhões é dificultado. "O pessoal já vinha comentando sobre [fazer] paisagismo. No acesso até onde tem as tampas, eu entendo que não é possível, porque precisa entrar com um caminhão munck para tirá-las. Agora, essa questão da pavimentação, é necessário fazer", disse o secretário de Obras.  

Guilherme, Marcinho e os secretários também discutiram problemas de erosões e drenagem em ruas próximas a obras da Sabesp, áreas onde anéis de concreto para drenagem quebraram e a companhia nega a responsabilidade pela manutenção. Também foram abordados problemas com sarjetas e a ausência de "bocas de lobo" em algumas vias públicas, o que causa acúmulo de água e prejudica os moradores.   

Em relação à região Nhapiumque fica na Ilha, os vereadores destacaram que o sistema de manilhas não passa por manutenção, o que torna mais difícil o desentupimento e a limpeza. Outros tópicos discutidos foram a interferência da concessionária Ecovias – que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes – na drenagem dos bairros Vila Esperança, Vila Natal e Vale Verde, bem como a necessidade de manter um cronograma de limpeza no Córrego Mãe Maria. Guilherme ainda mencionou que é preciso realizar o desassoreamento de rios e canais, como o Rio Santana e o Casqueiro.  

De acordo com o parlamentar, entre as ruas José Delfim Louro e Jonas de Souza, no Bolsão 9, as esquinas ficam cheias de água quando chove porque o projeto de pavimentação não foi bem elaborado. Em relação à drenagem no bairro Vale Verde, Quarterolli afirmou que a Sabesp iniciou obras de ligação de água e de esgoto e que o Executivo está em tratativas com a companhia para que ela execute a drenagem pluvial e garanta a recuperação do pavimento.   

O secretário de Obras garantiu que a pasta está fazendo um levantamento geral de todos os problemas ocasionados por obras da Sabesp no município. "Tem uma equipe nossa que está só fazendo isso. A gente vai apresentar o relatório para a Sabesp e o que for problema causado por eles, eles vão ter que reparar tudo isso. Então, essa parte com a Sabesp não está parada, está em andamento", disse o líder da pasta.  

Com o término da reunião, será expedido ofício ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e à Secretaria de Meio Ambiente do Estado para solicitar o desassoreamento do Rio Casqueiro. Além disso, as Secretarias Municipais de Obras, de Desenvolvimento Urbano e de Manutenção e Serviços Públicos serão oficiadas visando à troca das bombas na estação da Vila São José.   

Também serão solicitados o contrato e o memorial descritivo da obra da Sabesp no Vale Verde para garantir o sucesso da recuperação do pavimento e da drenagem pluvial. Ainda, serão consideradas discussões com a população e as secretarias pertinentes sobre a aplicação de um Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) para as obras no local, uma espécie de compensação da Sabesp para beneficiar a comunidade.