Comissão de Vereadores discute impactos da interdição da ponte sobre o Rio Casqueiro
Danilo Bonifácio, sob supervisão
Em reunião realizada na última quarta-feira (21/05), na sede da Prefeitura de Santos, uma Comissão Especial de Vereadores (CEV) de autoria do vereador Edson Mota (União Brasil) se reuniu para debater a ponte sobre o Rio Casqueiro, uma das principais ligações entre Santos e Cubatão, interditada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Estado de São Paulo. O encontro contou com a presença do Secretário da Casa Civil de Santos, Thiago Leal, e o engenheiro Marco Aurélio Neves da Silva com a finalidade de debater os impactos da medida e possíveis soluções para a mobilidade na região.
O vereador Edson Mota destacou a importância da ponte interditada ao defender uma articulação entre a comissão, a Prefeitura, a Deputada Estadual Solange Freitas (União Brasil) e o próprio DER com o objetivo de buscar uma solução conjunta.
Atualmente, a ponte do Casqueiro está sob concessão estadual. Os municípios de Santos e Cubatão não possuem competência direta sobre a via, conforme decisão judicial da 1ª Vara da Fazenda Pública de Santos, que considera a área inviável para moradias devido à presença de sistemas contra gás e à ausência de resíduos perigosos no local. Alegando que laudos subaquáticos apontaram a inviabilidade estrutural da ponte, o superintendente do DER, Sergio Codelo, afirmou que não há, no momento, planos de reforma para a estrutura.
Outro ponto abordado na CEV foi a retirada dos pontos de ônibus na área interditada, o que prejudicou diretamente os moradores da Vila dos Pescadores, agravando a situação com o fechamento também da ponte de ferro, antes utilizada como alternativa. Diante disso, foi agendada reunião com a ARTESP (Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo) para reforçar a necessidade urgente de um plano de mobilidade metropolitana com ênfase na separação de rotas para veículos leves e pesados.
A próxima reunião da CEV ficou agendada para dia 26 de maio, ocasião em que os envolvidos devem tratar sobre alternativas de mobilidade para a região.