Comissão discute situação da Casa da Esperança e falta de profissionais de apoio nas UMEs

Comissão discute situação da Casa da Esperança e falta de profissionais de apoio nas UMEs

Foto: Rafaela Ribeiro

Rafaela Ribeiro sob supervisão

A Comissão Permanente de Educação, Cultura e Assistência Social promoveu ontem (26) uma reunião para discutir o atendimento oferecido a crianças com Transtorno Espectro Autista (TEA) na rede municipal. O encontro foi conduzido pelo vereador Alessandro Oliveira (PL) e contou com a participação do parlamentar Guilherme do Salão (PSB), do secretário adjunto de Saúde, Márcio Luiz Amorim de Oliveira, do chefe de serviços de pediatria, Wagner Barros, e da pediatra Maria Catucci Gika. Uma comissão de mães de crianças com TEA também acompanhou a reunião.

 Segundo dados da secretaria de Saúde, atualmente 406 crianças estão matriculadas na Associação Casa da Esperança e Cidadania “Leão de Moura”, sendo realizadas 12 terapias por mês, tendo capacidade máxima para 514 pacientes. De acordo com os parlamentares, devido à falta de estrutura física da entidade novos pacientes não podem ser atendidos pela Casa da Esperança.

 Guilherme do Salão conta que, ano passado, os vereadores buscaram destinar emendas impositivas para fazer com que mais crianças pudessem ser atendidas pela Casa da Esperança. No entanto, conforme discutido na reunião, a entidade não pode depender desse recurso para desenvolver suas atividades, é preciso de um maior aporte por parte da administração.

 Para Maria Catucci Gika, é preciso realizar novas contratações, pois os profissionais da Casa da Esperança de Cubatão estão sobrecarregados, sendo que muitos estão saindo de seus postos para trabalhar na iniciativa privada, com salários mais elevados.

 Alessandro Oliveira chamou a atenção para outra questão que preocupa a Comissão de Educação que é a ausência profissionais de apoio qualificados para atender crianças com deficiência cognitiva e motora dentro das salas de aula das unidades municipais de ensino (UMEs). “Nós temos profissionais de apoio nas escolas contratados por uma empresa de limpeza, é de uma irresponsabilidade imensa, a ponto de contratar uma pessoa para atender as necessidades de cinco autistas em sala de aula, se eu falar isso em qualquer lugar as pessoas vão duvidar".