Comissão presidida por Guilherme Amaral discute expandir Centro MultiTEA para outras condições de saúde
Por Nicole Vasques
De autoria do vereador Guilherme Amaral (PSD), a Comissão Especial de Vereadores (CEV) que trata sobre a criação do Centro MultiTEA em Cubatão se reuniu na última sexta (19/09) com profissionais da Educação e da Saúde municipais. Durante o encontro, os participantes salientaram a necessidade de se construir um centro inclusivo também para munícipes com outras condições, como a Síndrome de Down e a paralisia cerebral. A ideia é contemplar não somente crianças, mas pessoas de todas as idades.
Além de Guilherme, compareceram à reunião os vereadores Batoré (Agir) e Guilherme do Salão (PSB), bem como representantes do Serviço de Especialidade Pediátricas (SEP), do Departamento de Educação Inclusiva (DEI) e da Associação Casa da Esperança de Cubatão.
Segundo o autor da CEV, um dos gargalos existentes na cidade é a falta de informação sobre a demanda de pessoas com deficiência na idade adulta. Ele afirmou que solicitará esses dados à Secretaria de Assistência Social e ao Conselho de Pessoa com Deficiência. "Para que a gente possa ter a demanda de pessoas adultas que estão fora de oficinas e de atendimentos que merecem ou precisam", explicou Guilherme.
Além disso, foi abordado que, atualmente, quem faz esse trabalho dentro das possibilidades contratuais de um termo de fomento firmado com a Prefeitura é a Casa da Esperança, associação especialista na habilitação de pessoas com deficiências de 0 a 18 anos. O município, contudo, ainda não consegue atender todas as crianças que necessitam de uma atenção multidisciplinar em idades iniciais – entre os 3 e 5 anos, por exemplo –, uma vez que o espaço não tem para onde direcionar os pacientes que já estão aptos a receber alta.
"[Com a criação do Centro], a Casa da Esperança teria para onde direcionar essas pessoas que recebem alta, que vão fazer oficinas e atendimentos menos periódicos", explicou ele. De acordo com o presidente da CEV, profissionais especializados afirmam que, quando a criança atinge uma determinada idade, os atendimentos com certos profissionais, como os fonoaudiólogos, atingem um "ápice" de desenvolvimento. Dessa forma, com a criação de um "Centro Multi", essas pessoas estariam amparadas e surgiriam mais vagas na Casa da Esperança para crianças menores.
"O que discutiu aqui é que há a necessidade de que haja um Centro Multi no município que não atenda só o espectro autista, até porque quase na integralidade dos casos ele não vem sozinho, ele vem com outra comorbidade. Síndrome de Down, paralisia cerebral", exemplificou Guilherme.
Por fim, os participantes discutiram possíveis locais que poderão sediar o Centro Multi em Cubatão. Na próxima semana, deve haver uma reunião com o Prefeito César Nascimento a fim de apresentar as propostas levantadas até o momento.