Comissão que fiscalizou as obras no acesso à Ilha Caraguatá reforça pedido de passarela de pedestres no projeto

Comissão que fiscalizou as obras no acesso à Ilha Caraguatá reforça pedido de passarela de pedestres no projeto

Autor: Denise Crescêncio/CMC

De autoria de Guilherme do Salão (PSB), a Comissão Especial de Vereadores (CEV) que tratou de acompanhar e fiscalizar as obras no acesso ao bairro Ilha Caraguatá pela Rodovia dos Imigrantes divulgou seu relatório final na sessão ordinária de terça (04/11). Composto também por Marcinho (PSB), relator, e Ronaldo da Comissão (PSD), membro, o grupo reforçou a importância de, para além da urbanização do bairro, o projeto contemplar um ponto de ônibus e uma passarela, pedido já feito anteriormente ao Governo Municipal.

No primeiro encontro, em maio, a CEV discutiu a situação da obra de acesso à Ilha Caraguatá pela Rodovia dos Imigrantes, que está inconclusa. De acordo com o relatório final da comissão, em 2023 foi concluído o processo de licitação para o início dos trabalhos, mas até o momento não houve o término das atividades e não há previsão. 

As reuniões foram marcadas por reiteradas ausências do secretário municipal de Obras, Marcos Quarterolli. Diante disso, o grupo enviou ofícios solicitando informações sobre o valor real da obra, os valores gastos até aquele momento, o prazo de entrega e o motivo pelo qual a obra foi paralisada no final de 2024. Pediu também esclarecimentos sobre a viabilidade de uma passarela e de um ponto de ônibus em ambos os lados da via, para facilitar o ir e vir dos moradores, e esclarecimentos sobre a urbanização da região. 

No encontro seguinte, a pasta enviou as representantes Márcia Mesquita, diretora de Obras, e Emily Silva, chefe de divisão para apresentarem o atual projeto da obra. Durante a apresentação, foram observadas diversas lacunas na planta, o que gerou alguns questionamentos que as representantes não souberam esclarecer. Na ocasião, Guilherme reiterou a necessidade de existir um ponto de ônibus e uma passarela em locais regulares, bem como a correta drenagem para melhorar o escoamento da água da chuva, incluindo a do córrego local.

Emily explicou que o atual projeto não contempla os tópicos levantados por Guilherme. No entanto, comprometeu-se a levar o pleito ao secretário de Obras para que sejam realizados estudos para viabilizar a inclusão dessas infraestruturas. 

Ainda em agosto, a comissão realizou diligências na entrada do bairro, ocasião em que se obteve a informação de que o projeto, inicialmente, custava R$ 19 milhões, mas houve um desconto e passou a ser R$ 15 milhões. Presente, o secretário-adjunto de Obras, Lindomar Nascimento, reiterou a possibilidade de aditamento de valores e aumento do prazo para a entrega da obra. Ele também se comprometeu a levar os tópicos debatidos com a comissão ao seu departamento para que seja estudada a viabilidade das melhorias elencadas. 

A Ecovias também foi chamada para os encontros, mas não compareceu. Foi enviado um ofício à concessionária para questionar a viabilidade da respectiva passarela e solicitar a desobstrução da manilha na entrada do bairro. Houve retorno apenas sobre a manilha, no qual a Ecovias alegou que a demanda já havia sido atendida, mas Guilherme do Salão, que é morador do bairro, notou que a imagem não correspondia à entrada da Ilha Caraguatá.

Para a pasta de Obras, a CEV solicitou uma cópia do Memorial Descritivo da obra, que após o envio de dois ofícios foi recepcionado pela comissão. O documento corroborou que não havia previsão da obra da passarela no acesso à Ilha Caraguatá. 

Diante do exposto, o grupo avaliou que os trabalhos ficaram comprometidos devido às ausências do secretário de Obras e da Ecovias. Ao final dos trabalhos, a comissão deliberou o envio do relatório final para conhecimento do Executivo e ao Ministério Público para análise e eventual adoção de medidas cabíveis.