CEV que trata da criação de comissão multissetorial reúne representantes da Educação e da Saúde

CEV que trata da criação de comissão multissetorial reúne representantes da Educação e da Saúde

Autor: Assessoria/ CMC

Por Denise Crescêncio 

Conduzido por Guilherme Amaral (PSD), o grupo de vereadores que dispõe sobre a criação da comissão multissetorial e equipe técnica itinerante de educação na perspectiva inclusiva se reuniu com representantes da Educação e da Saúde na última quarta (18), na sala de reuniões da Câmara, para avançar nas discussões sobre o tema. Guilherme defendeu a urgência de se criar a comissão e que ela seja uma política do município, não de partidos. Também compuseram a mesa os parlamentares Jair do Bar e Carioca do PSDB e Guilherme do Salão e Marcinho do PSB. 

Na ocasião, Amaral destacou a importância de se reunir com equipes da Saúde, Educação e a sociedade civil em geral para discutir políticas públicas. “Quando o município não discute [políticas públicas], inevitavelmente, a gente negligencia muitas possibilidades de melhorar. Essas propostas precisam ir pra rua de modo que os seus benefícios sejam muito maiores do que os seus efeitos colaterais”, argumentou o vereador ao defender que o diálogo com os atores sociais é o caminho para avançar no tema. 

O representante do PSD levou à mesa uma reflexão do cenário da Educação Especial no município e questionou se hoje ela é abarcada pela perspectiva inclusiva. “Existem muitas pontas soltas. As políticas existem, se são suficientes ou não é que temos que descobrir”, acrescentou Amaral. Ele também destacou que - apesar dos gargalos - o tema não está partindo do zero, citando como avanços os atendimentos dos profissionais de apoio, da Educação, que auxiliam nas salas de aula e o Serviço de Especialidades Pediátricas (SEP), da Saúde.  

Felipe Santana, supervisor de ensino, mencionou que a ideia da criação da comissão surgiu num cenário em que a Educação identificou a necessidade de alinhar o diálogo com os demais órgãos que atendem essas crianças, como o Conselho Tutelar, a Assistência Social e a Saúde. Ao defender a intersetorialidade entre as pastas, ele destacou que não é somente o profissional da Educação que sofre com essa lacuna, mas a própria criança. Ela [criança] está tentando se comunicar conosco, mas não somos fonoaudiólogos”, desabafou Felipe ao exemplificar uma situação de aluno com dificuldades na fala. “Nós estamos pedindo que aquilo que o professor fala na sala seja considerado", completou Guilherme Amaral. 

Guilherme do Salão fez coro à fala do colega parlamentar, citando que esse fluxo de comunicação vai facilitar o atendimento às crianças. “Aqui ninguém faz nada sozinho”, acrescentou. Outro ponto relevante, levantado pelo presidente do Conselho Municipal de Educação, Cesar Neves, foi a importância de trabalhar a autonomia dessas crianças na sala de aula. “Esse sujeito precisará ir ao mercado, pagar contas, trabalhar”, finalizou ele. 

Márcio Oliveira, secretário de Saúde, citou na reunião um evento realizado recentemente pela pasta em parceria com a Secretaria da Mulher para tratar dos desafios e aprendizados das mães atípicas e propôs uma nova edição em parceria com a Educação para promover a troca de experiências entre as famílias da educação especial.