Em audiência de Finanças, secretário explica que mudança na lei não aumentará IPTU na área urbana

Em audiência de Finanças, secretário explica que mudança na lei não aumentará IPTU na área urbana

Autor: Rodrigo Palassi

Por Nicole Vasques

Na audiência pública de Finanças realizada hoje (30/05), na Câmara Municipal de Cubatão, o secretário da pasta, Luiz Alberto Maia da Silva, explicou que o IPTU do morador não aumentará com a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 58/2025. De autoria do Executivo, a matéria dispõe sobre a planta genérica de valores para efeito de base de cálculo do imposto. Segundo Maia, porém, a mudança afeta os terrenos destinados a instalações industriais, e não as áreas urbanas onde estão casas, apartamentos e comércios.  

Na audiência, o secretário apresentou os números referentes a despesas e arrecadações da cidade no 1º Quadrimestre de 2025. Estiveram presentes o vereador Rony Martins (PSD), presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, Tinho (PSD), Jair do Bar (PSDB) e Douglas Lisboa Nogueira, chefe da Divisão de Contabilidade e Finanças da Câmara. Além deles, os parlamentares Alessandro Oliveira (Republicanos), Carioca (PSDB), Ronaldo da Comissão (PSD) e Xuxa (PSDB) compareceram ao encontro.  

Após a apresentação sobre o orçamento municipal, o vereador Alessandro pediu que o secretário esclarecesse a matéria sobre o IPTU, aprovada pela Casa Legislativa na sessão plenária de terça (27), a fim de tranquilizar a população. Maia explicou que se trata de uma adequação à lei complementar vigente 10/2002, que abrange os terrenos usados como pátios de estacionamentos de containers e caminhões. 

O secretário afirmou que Cubatão tem um cadastro imobiliário regido pela atualização do contribuinte. O dono de uma gleba industrial, de um pátio de estacionamento de container ou de caminhão que tem um terreno cadastrado pagava uma alíquota de 4,5%, conforme o Código Tributário Municipal. Ao desenvolver uma atividade econômica no local, o contribuinte agrega valor ao espaço com a colocação de pisos e asfalto. Não havia cobrança adicional sobre isso, então o intuito do PLC é regularizar a situação. "Era uma lacuna na legislação e a gente perdia essa arrecadação na alíquota e, também, na base de cálculo. Então, essa adequação veio de acordo com as decisões do Tribunal de Justiça, de acordo com a Lei Federal", disse ele.  

Outros pontos debatidos  

Carioca elogiou a fala do secretário e o questionou a respeito de previsões sobre a arrecadação que o município ainda terá ao longo do ano. Jair do Bar, por sua vez, enalteceu a preocupação que o líder da pasta demonstra com as dívidas da cidade. "O importante não é só arrecadar, é também pagar as dívidas", afirmou ele. "A gente sabe que os precatórios têm juros muito altos para os cofres públicos, e a partir do momento que ele [secretário] começa a se empenhar em pagar esses precatórios, a tendência é melhorar a situação das finanças da Prefeitura", completou o vereador 

Um dos questionamentos levantados por Tinho foi a arrecadação dos royalties da Petrobras. Luiz Maia explicou que se trata de uma receita transferida da União para compensar os impactos na Bacia de Santos e da Refinaria, por exemplo, destacando que a pasta está fazendo um fórum de desenvolvimento econômico para discutir com as empresas o futuro do polo industrial.   

"A Secretaria de Obras tem utilizado nas execuções dos seus contratos, a Secretaria de Manutenção. E a gente vem utilizando o recurso da forma que a Lei Federal demanda", explicou o secretário.  

Para conferir a íntegra da prestação de contas, acesse aqui: https://www.cubatao.sp.leg.br/processo-legislativo/projetos-de-lei/arquivos/2025/OF_69-2025-SEFIN%20Relatorio%20Economico-Financeiro%20-%201o%20Quad.2025.pdf