Em audiência, secretário de Saúde prevê novos leitos para o Hospital Municipal de Cubatão
Por Denise Crescêncio e Nicole Vasques
A Câmara promoveu hoje (06/06), no plenário do Legislativo, a Audiência Pública da Saúde referente ao 1º quadrimestre de 2025, cumprindo o disposto na Lei Complementar Nº 141 de 13 de janeiro de 2012 que dispõe sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente em ações e serviços públicos de saúde. Na ocasião, o secretário municipal de Saúde, Márcio Oliveira, disse que a pasta aguarda aprovação do governo federal para a implantação de novos leitos no Hospital Municipal.
Dirigido pelo presidente e pelo vice-presidente da Comissão de Saúde, Xuxa (PSDB) e Ronaldo da Comissão (PSD), o evento de prestação de contas foi marcado por muitos questionamentos dos parlamentares em relação aos gargalos da saúde em Cubatão.
Questionado pelo vereador Carioca (PSDB), o secretário Márcio Oliveira disse que o principal desafio vivido nas UBS atualmente é o fluxo operacional. Apesar de existir um padrão a ser seguido nas unidades, atualmente a Secretaria de Saúde não possui controle efetivo sobre isso.
"Não sofre só a população que não tem acesso, toda a cadeia de evolução do trabalho dentro da unidade também sofre. Quando o médico é conhecedor do fluxo e faz o encaminhamento, mas quem está na ponta lá na recepção não cumpre o fluxo, o munícipe vai chegar para se queixar e falar com o médico", ressaltou o secretário.
Durante a audiência, Oliveira disse ter solicitado à Sociedade Brasileira Caminho de Damasco, gestora do Hospital Municipal, em 2024, a implantação de oito leitos de UTI semi-intensivo. Mediante autorização do governo federal, que ainda não aconteceu oficialmente, haverá a possibilidade de eles serem habilitados para uso como UTI comum.
O vereador Tinho (PSD) também mencionou a crítica situação vivida nas unidades de urgência e emergência por conta da síndrome gripal que atinge os moradores e o fato de munícipes de outras cidades da Baixada Santista usarem o equipamento de saúde de Cubatão, sobrecarregando-o.
Além disso, o parlamentar declarou que há o entendimento da necessidade de melhora do sistema, mas que isso não pode implicar numa demora de cinco horas para atendimento. "Não podemos deixar de atender nossa população com qualidade e agilidade”, alertou o representante do PSD. Diante da fala, o secretário da pasta declarou que o município tem trabalhado para minimizar esse agrupamento devido à síndrome gripal.
O vereador Alessandro (Republicanos) citou que, diante dos investimentos feitos à saúde, não é justificável ouvir queixas do hospital no que diz respeito à falta de recursos. Ele explicou que a cidade investe quase 11 milhões por mês nos diversos equipamentos.
Batoré (Agir) fez coro à fala de Alessandro ao concordar que há muito investimento na área, porém pouco retorno. O parlamentar também destacou a ausência hoje de um canal oficial de regulação de vagas de exames, consultas, o planejamento da pasta para assistir as famílias atípicas da cidade - principalmente as pessoas com Transtorno do Espectro Autista.