Em reunião de CEV, Unigel afirma que não pretende fechar unidade em Cubatão

Danilo Bonifácio sob supervisão

De autoria do vereador Carioca (PSDB), a Comissão Especial de Vereadores (CEV) que trata dos impactos do processo de recuperação extrajudicial da Unigel - antiga Companhia Brasileira de Estireno - se reuniu com representantes da empresa na sexta (17/10), na Câmara Municipal, para discutir o futuro da unidade em Cubatão. Na ocasião, Gustavo Cotta, coordenador jurídico, e Paulo Fonseca, gerente empresarial, disseram que a Companhia não tem a intenção de encerrar as atividades na cidade.

Além dos funcionários da Unigel, participaram da reunião, Fabrício Lopes, secretário de Indústria, Porto, Emprego e Empreendedorismo de Cubatão (SEMIPEE); Rodrigo de Freitas, representando a pasta de Meio Ambiente, Segurança Climática e Bem-estar animal (SEMAM); os representantes da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Marcos Cipriano, e do Centro de Integração e Desenvolvimento de Cubatão (CIDE), Ricardo Salgado.

A princípio, Carioca reiterou a falta de retorno da Unigel. Paulo Fonseca, por sua vez, explicou que não houve intenção da companhia de desrespeitar a Casa Legislativa e o município. Disse também que a unidade atua desde 1957 - anteriormente Cia Estireno - na cidade, e destacou que é estratégico para a Companhia permanecer em Cubatão, devido ao Porto de Santos e à proximidade com a capital paulista.

Em seguida, Gustavo Cotta ressaltou que a recuperação judicial tem como propósito fazer com que a empresa [Unigel] volte a ser “saudável”. “A restruturação, aqui [em Cubatão], não tem como finalidade fechar ou falir a empresa, ela tem como finalidade frear os débitos, chamando todos os credores, e reestruturar nossa dívida com o que temos”, completou Cotta.

Além disso, o líder da pasta da Indústria evidenciou a união entre as empresas do Polo Petroquímico e o Poder Público do município para movimentar e trazer o olhar federal para as indústrias de Cubatão. Fabrício também chamou a atenção para a alta no consumo de produtos têxteis importados como blusas, calçados e outros - vindos de países como China e Indonésia - e que isso, num futuro próximo, pode ter um impacto negativo na economia local, citando como exemplo a alta nos custos de produção e perdas de empregos.

Carioca também sugeriu que a Unigel abra as portas da unidade para visitação com o objetivo de aproximar os munícipes e valorizar o turismo local. O parlamentar citou que pretende, em parceria com a Prefeitura, estudar a viabilidade de incentivos fiscais para ajudar a manter as empresas em recuperação judicial, evitando consequências como a alta do desemprego no município. Marcinho fez coro à fala do parlamentar.

Diante o exposto, o presidente da CEV finalizou agradecendo a presença da Unigel, bem como os secretários e o esclarecimento de todos à comissão e o respeito à Câmara.