Falta de vaga para crianças com deficiência na Casa da Esperança é tema de reunião na Câmara

Falta de vaga para crianças com deficiência na Casa da Esperança é tema de reunião na Câmara

Foto: Rafaela Ribeiro

Rafaela Ribeiro sob supervisão

Membro da Comissão de Educação, Cultura e Assistência Social, o vereador Alessandro Oliveira (REP), realizou ontem (4) uma reunião com os representantes da Casa da Esperança e do Executivo Municipal. O objetivo do encontro foi discutir medidas para ampliar o atendimento de crianças com deficiência na referida entidade. Para o parlamentar, é preciso garantir o ingresso de novos pacientes, que hoje, não contam com nenhum tipo de tratamento.

Segundo José Rivaldo Silva, representante jurídico da Casa da Esperança, uma das principais dificuldades enfrentadas pela entidade é a disparidade da remuneração oferecida aos profissionais contratados pela instituição, como neuropediatras, terapeutas ocupacionais e psicólogos, em comparação com a média salarial destes profissionais em clínicas particulares. Para o representante, essa defasagem tem feito com que muitos optem por deixar seus cargos na Casa da Esperança em busca de salários mais altos em clínicas particulares, além de dificultar a contratação de novos profissionais.

Além disso, Silva chamou a atenção para o fato de que os profissionais estão sobrecarregados com a carga de trabalho demandada pela instituição, cada profissional realiza em média 16 á 15 atendimentos de uma hora e meia, em uma carga horária de oito horas por dia. Para ele, o valor que vêm sendo repassado pela prefeitura não comporta os salários dos profissionais, e nem a manutenção dos equipamentos utilizados, sugerindo que haja um aumento de 4 milhões.

“Inicialmente nós da Casa da Esperança podemos realizar essa triagem, não somente de idade, mas também de nível de suporte e, tendo esses números, a gente pode em conjunto realizar esta adequação.”, afirma a gerente administrativa da Casa da Esperança, Rosa Maria da Silva.

Jane Viana, chefe da Divisão de Saúde Mental, afirmou que o CAPS Municipal tem capacidade para receber quarenta jovens, que irão ter o acompanhamento juntamente com um suporte a suas famílias.

Alessandro Oliveira ressaltou que é preciso realizar o remanejamento de alguns pacientes, maiores de quatorze anos, da Casa da Esperança, que tem o foco no atendimento de crianças pequenas, para instituições da rede municipal com uma capacidade maior de atender as necessidades destes pacientes como o CAPS, a fim de reduzir a demanda de atendimentos e dar espaço para que novas matrículas sejam realizadas.