Incentivo à adoção de crianças e adolescentes é tema de reunião na Câmara

Incentivo à adoção de crianças e adolescentes é tema de reunião na Câmara

Foto: Felipe Belchior

Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, o Brasil tem 3.751 crianças e adolescentes disponíveis para adoção, sendo que 279 têm até dois anos. O levantamento mostra que mais de 2,6 mil têm oito anos ou mais, sendo que a principal faixa é dos adolescentes com mais de 16 anos – 742. Para tratar de ações de incentivo à adoção em Cubatão, o vereador Rodrigo Alemão (PSDB) se reuniu ontem (22) com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Cubatão, do Grupo de Apoio à Adoção (GAA) "Sonho Possível" e da Vara da Infância e Juventude da cidade de Cubatão.

Rodrigo Alemão, que é autor da Lei Municipal N° 4.065, de 17 de dezembro de 2019, que institui no calendário oficial de Cubatão a “Semana de Incentivo à Adoção", disse que o propósito do encontro é buscar caminhos para a realização do evento na cidade, a fim de conscientizar a população sobre a importância do ato de adotar. Para isso, o parlamentar ressaltou que é preciso dialogar com todos os órgãos e entidades ligadas ao assunto.

Djanira dos Santos, coordenadora do "Sonho Possível", ressaltou a importância da divulgação do tema, levando em conta a falta de abordagem sobre o assunto e a desinformação em massa de muitos pais. A ativista também destacou que a reunião é fundamental para ampliar a discussão com a população cubatense.

A advogada Margareth Machado, da OAB Cubatão, comentou que a instituição apoia a pauta da adoção e colabora tanto com os grupos quanto com as pessoas que desejam adotar uma criança. A jurista disse que a OAB também presta suporte aos pais que pretendem fazer a entrega voluntária dos filhos por falta de condições para criá-los.

Marisa, psicóloga do setor técnico do Fórum da Comarca de Cubatão, disse que muitas pessoas tentam adotar crianças fora do Cadastro Nacional. Ela ressaltou que o ato de adotar tem um grande impacto social e emocional na vida de crianças e adolescentes. A especialista explicou que a baixa procura por adotantes se deve à busca de "perfil ideal" de filho.

Em breve, uma nova reunião será agendada para aprofundar as discussões, com a participação de representantes do Executivo Municipal.