Vereadores se mobilizam para impedir demissões em massa na Usiminas

Vereadores se mobilizam para impedir demissões em massa na Usiminas

Foto: SCS/CMC

A Câmara de Cubatão realizou hoje (20) uma reunião com representantes da Prefeitura e do Sindicato dos Siderúrgicos e Metalúrgicos da Baixada Santista para discutir a expectativa de demissão de cerca de mil funcionários da Usiminas na unidade Cubatão. Segundo noticiado na imprensa nos últimos dias, a empresa deverá reduzir o quadro de funcionários em até 60%. Hoje, a companhia tem uma folha com em torno de 1,6 mil funcionários.

A reunião foi conduzida pelo presidente da Câmara, Fábio Roxinho (MDB) e contou com a participação de Claudinei Rodrigues Gato, presidente do Sindicato dos Siderúrgicos e Metalúrgicos da Baixada Santista, e de Marcos Espírito Santo, secretário municipal de Emprego e Desenvolvimento Sustentável, além dos vereadores Ivan Hildebrando (PSB), Marcinho (PSB), Lalá (Patriota) e Toninho Vieira (Progressistas).

Gato explicou que nesta semana o sindicato da categoria se reuniu com representantes da Usiminas no Ministério Público para negociar um acordo que reverta a decisão esse processo de demissão em massa. O sindicalista falou que os metalúrgicos estão dispostos a negociar com a empresa até a redução de jornadas de trabalho e salários, desde que se garanta a manutenção dos empregos dos funcionários. Gato ainda comentou que o sindicato, por meio de ser departamento jurídico, ingressará com uma representação na Justiça do Trabalho a fim de se conseguir uma liminar em primeira instância que suspensa imediatamente os desligamentos programados.

Assim como as demais companhias do Brasil, a siderúrgica vem enfrentando dificuldades devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). De acordo com os dirigentes da empresa, o problema está na paralisação da produção da indústria automobilística, que mesmo antes da atual crise já andava em crise, inclusive com a desativação da unidade da Ford no ABC.

O presidente da Câmara afirmou que os vereadores buscarão apoios nas esferas estadual e federal para barrar as demissões em massa na unidade local da Usiminas. Roxinho disse que o Legislativo Municipal também estuda uma medida legal para frear esse processo, que produzirá graves consequências sociais e econômicas para Cubatão e toda Baixada Santista. “Precisamos resguardar empregos, salários e assegurar a devida proteção aos trabalhadores da Usiminas e seus terceirizados neste momento de crise”, ressaltou o chefe do Legislativo.