Parlamentares fazem diligência na OSC Abraço e constatam irregularidades

Os líderes das bancadas do PSB, PROS, Progressistas e Republicanos pediram a obstrução da sessão de ontem (22) para que uma comissão de parlamentares fosse até a sede da Organização da Sociedade Civil (OSC) Abraço, instituição de longa permanência de idosos. A entidade é acusada de uma série irregularidades, como ter contraído empréstimos em nome dos assistidos para sanar despesas emergenciais da OSC.

Antes do encerramento da sessão, o vereador Alessandro Oliveira (PL) disse que na última segunda (21) o fornecimento de energia elétrica da entidade foi interrompido devido à falta de pagamento, o que fez com que os idosos assistidos sofressem com o intenso calor no local. O parlamentar, indignado com o serviço prestado pela OSC, disse: “Se a gente pensa na qualidade de vida do outro, se aqui tem gente preocupada com gente, deveríamos ir até lá e chamar a polícia, a secretaria de assistência e a secretaria de saúde para salvar os idosos”.

Os parlamentares Alessandro Oliveira (PL), Sérgio Calçados (PSB), Rafael Tucla (Progressistas), Rodrigo Alemão (PSDB), Guilherme do Salão (PROS), Roxinho (MDB), Allan Matias (PSDB), Tinho (Republicanos) e Jaque Barbosa (PSD) estiveram na Abraço e constataram a falta de técnico de enfermagem para acompanhar os idosos, além da falta de álcool em gel no acesso aos dormitórios. Os vereadores também puderam verificar que idosos enfermos foram alocados em camas inapropriadas. Durante a fiscalização, os parlamentares ainda questionaram as refeições oferecidas aos assistidos.

Os vereadores protocolaram hoje (23) uma representação no 1º Distrito Policial de Cubatão, solicitando a instauração de inquérito policial para averiguar eventuais delitos por parte dos gestores da Abraço. No documento, os parlamentares listam as irregularidades constatadas no local, e que já haviam sido levantadas pela Comissão Especial de Vereadores (CEV), presidida por Alessandro Oliveira. Em seu relatório final, divulgado em novembro do ano passado, o grupo de trabalho pediu a imediata rescisão contratual com a Abraço e a abertura de novo chamamento público para contratar uma OSC que tenha realmente expertise para acolher adequadamente os idosos em situação de vulnerabilidade social.