Tribuna Popular: Diretora do SindPMC fala de campanha salarial e falta de estrutura das UMEs

A diretora do Sindicato dos Professores Municipais de Cubatão (SindPMC), Magali Pereira, fez uso hoje (5) da Tribuna Popular, espaço de participação cidadã da Câmara de Cubatão. A educadora comentou sobre a campanha salarial dos servidores públicos e a situação estrutural das unidades municipais de ensino (UMEs).

Magali disse que o funcionalismo público sofre ataques do atual governo, desde o começo da gestão, com a aprovação do “Pacote da Maldade”. A educadora ressaltou que os professores rejeitaram os 10,06%, oferecidos pela administração municipal, que, segundo ela, não cobrem nem a metade das perdas inflacionárias dos servidores públicos. A diretora do SindPMC afirmou que nos últimos anos a categoria vem colecionado perdas, como a extinção do cartão servidor, a redução das férias de 100% para 50% e o aumento da contribuição previdenciária.

A professora disse que os gastos da Prefeitura com a folha de pagamento sofreram decréscimo de 52% em 2017 para 31% esse ano, o que, de acordo com a avaliação da servidora, permitiria um reajuste justo para a categoria. Magali também questionou o governo por não cumprir o Piso Nacional do Magistério para os professores da educação infantil. Ao criticar a falta de valorização no município, a diretora do SindPMC lembrou a frase do educador Darcy Ribeiro: “A crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto”.

Sobre a falta de estrutura nas UMEs, Magali comentou que durante o período pandêmico, as escolas municipais foram abandonadas e não passaram por nenhuma reforma. A educadora disse que recentemente quatro unidades foram fechadas, o que vem impactando a vida de vários estudantes, que agora precisam se deslocar para uma outra escola, muitas vezes, longe do domicílio. Ela ainda criticou a administração sobre a falta de professores de apoio para os alunos com deficiência da rede municipal.

Tribuna Popular - Estabelecida pela Resolução n° 2.851, de 28 de dezembro de 2016, a iniciativa abre espaço aos cidadãos cubatenses para que apresentem críticas, sugestões e comentários sobre temas de interesse coletivo no plenário da Câmara.

A Tribuna Popular ocorrerá antes do início da primeira e da terceira sessões ordinárias do mês e terá a duração máxima de dez minutos. Para fazer uso desse instrumento de participação, o cidadão interessado deverá apresentar requerimento, por escrito, à Mesa Diretora da Câmara, entregue no protocolo da Casa de Leis, com antecedência mínima de cinco dias da data requerida.

No requerimento, o munícipe informará sua qualificação pessoal, o segmento ou organismo da sociedade civil que representa; e o assunto a ser tratado. O documento também deverá ainda ser subscrito por, no mínimo, cinco outros cidadãos, devidamente qualificados.

O uso da palavra na Tribuna Popular deverá obedecer aos mesmos princípios éticos e morais aplicáveis aos vereadores, vedando-se o uso de expressões caluniosas ou ofensivas, sendo o cidadão responsável por todo e qualquer conteúdo expresso por intermédio de sua fala.