Vereadores se reúnem com pais de alunos para discutir sobre a segurança nas escolas da cidade

Vereadores se reúnem com pais de alunos para discutir sobre a segurança nas escolas da cidade

Foto: Rodrigo Palassi

No último dia 5, uma creche em Blumenau (SC) se tornou alvo de um homem de 25 anos que tirou a vida de quatro crianças. Há duas semanas, outro ataque causou uma morte e deixou cinco pessoas feridas na Escola Estadual Thomazia Montoro, no bairro Vila Sônia, em São Paulo. Nos últimos anos, outros episódios similares que causaram grande comoção nacional também foram promovidos por estudantes ou ex-alunos, como os registrados em Aracruz (ES) no ano passado e em Suzano (SP) em 2019. Por conta desse cenário de insegurança, os vereadores se reuniram hoje (11), durante a sessão plenária, com uma comissão de pais de alunos para discutir estratégias de combate à violência nas escolas de Cubatão.

As representantes da comissão de pais ressaltaram que as escolas do município não oferecem segurança para estudantes e professores. Uma delas citou que alunos já levaram tesouras, estiletes, canivetes e facas para as unidades de ensino (UMEs). O grupo pediu que o Poder Executivo estudasse a possibilidade de suspender as aulas enquanto as UMEs não receberem reforço do policiamento e dos guardas civis municipais.

Alessandro Oliveira (PL) disse que as escolas municipais favorecem a ocorrência de atos de violência, uma vez que apresentam estruturas deterioradas, que facilitam a entrada de criminosos. Ele também questionou o Poder Executivo por não colocar em prática a Lei Municipal N° 4.129, de 4 de agosto de 2021, de autoria do parlamentar, que cria o programa de apoio psicossocial na rede pública municipal de educação básica.

Já Rodrigo Alemão (PSDB) criticou a decisão da administração por priorizar a compra de lousas digitais para as UMEs em vez de reforçar a seguranças das escolas do município. Segundo o vereador, o Poder Executivo deveria investir em monitoramento e na aquisição de detectores de metais, além de contratar vigilantes e controladores de acesso.

Por sua vez, Tinho (Republicanos) ressaltou que cabe ao Poder Legislativo cobrar e fiscalizar uma segurança de qualidade. Ele defendeu a contratação de vigilantes por contrato emergencial em virtude da gravidade da situação. A sugestão de colocar guardas civis municipais nas escolas de forma permanente também foi levantada pelo parlamentar.

Pedro de Sá, secretário de Segurança Pública e Cidadania, prometeu, durante a reunião na Câmara, que a cidade receberá um reforço da ronda escolar e que a Guarda Civil Municipal (GCM) estará presente dentro das 51 UMEs. 

Requerimentos

Durante o expediente legislativo, os vereadores Jaque Barbosa (PSD) e Topete (PSD) apresentaram requerimentos solicitando ações emergenciais do Poder Executivo para aumentar a sensação de segurança da comunidade escolar, de modo que as crianças possam frequentar as UMEs com tranquilidade. 

Jaque Barbosa pediu que o governo viabilize a implantação do Pátio Disciplinado nas UMEs. A iniciativa consiste na contratação de profissionais com experiência em segurança pública para atuação no interior das escolas. Segundo a parlamentar, caberá a esses agentes evitar a entrada de desconhecidos ou objetos estranhos no ambiente escolar.

Topete solicitou que administração, em contato com a Polícia Militar, reforce a segurança nas unidades municipais de ensino, aumentando a ronda escolar, estudando a possibilidade de instalação de portas giratórias e detectores de metal. Por último, o vereador pediu que a Prefeitura aumente o número de câmeras de monitoramento na cidade, principalmente nos arredores das UMEs.

Sessão Encerrada

A sessão ordinária foi encerrada antes do tempo regimental por falta de quórum. As bancadas do PP, PL, PSB e MDB pediram obstrução dos trabalhos legislativos em solidariedade à comissão de pais de alunos.